15.8.07

Durante a Idade de Ouro, quando a Primavera era eterna e os homens viviam em harmonia com os deuses, Astréia, filha de Júpiter e Têmis, vivia na terra, entre os humanos, aconselhando-os e dando-lhes noções de leis e justiça. Nesta época, não haviam no mundo guerras, catástrofes ou crimes. A Natureza era plena e oferecia alimento a todos os homens, que existiam em paz com os deuses.
Mas os homens tornaram-se gananciosos e passaram a negligenciar as suas obrigações com os deuses, julgando-se donos do próprio destino. Irritado com a prepotência dos mortais, Júpiter determina um castigo: a Idade de Ouro tinha acabado. A Primavera seria limitada, a terra deveria ser tratada para produzir frutos e a juventude eterna não existiria nunca mais.
Ao ver o comportamento dos humanos e os castigos que o Deus dos deuses lhes impunha, Astréia refugia- se nas montanhas, mas continua à disposição de todos aqueles que a quiserem procurar para ouvir os seus sábios conselhos.
Mesmo com todos os castigos de Júpiter, a punição da humanidade não terminara e os homens descobrem a guerra. Este período belicoso caminha para uma nova era, a Idade de Ferro, em que os homens já não respeitam a honra, a franqueza ou a lealdade e onde as suas acções são determinadas pela ambição e pela violência.
Ao ver o ponto em que as coisas estavam, Astréia, entristecida, resolve abandonar a Terra e deixar de conviver com os mortais. A deusa, refugia-se no céu e a Balança que utilizava forma a constelação de Balança, para lembrar aos homens que o mundo é regido por leis, que tudo deve ser ponderado e que as suas acções devem ser pesadas relativamente às suas consequências.




Eu sou balança.

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