30.4.07

Um dia faço uma crítica a um album. Mas não hoje.

Entretanto, um "som", como diz o bellechior...

The Gossip - Are u that somebody?
(carregar em listen)

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(para não tar a fazer um novo post, condensam-se as coisas)

Hoje vi um filme que me foi sugerido por um ser vivo muito peculiar: Alta Fidelidade.

Não vou fazer uma crítica ao filme nem nada que se pareça, vou simplesmente fazer uma citação muito apropriada:


             Awhile back, Dick and Barry and I
        agreed that what really matters is
        what you like, not what you are
        like...
             Books, records, films -- these
        things matter.  Call me shallow but
        it's the damn truth (…).

Ponto da Situaçao:

Amanhã é feriado! Dia do trabalhador.

E porque é que há horas e dias da semana?
Porque as pessoas são viciadas em trabalho e estes são uma maneira de ajudar na organização metódica do mesmo.

Nao é cómico?

Vão mas é trabalhar amigos e deixem se de tretas e feriados e pontos aqui e acolá... Este país precisa é de andar para a frente e não de ficar parado no tempo a assistir ao desenvolvimento dos outros países! Ao progresso da humanidade!

I dont like Mondays.

E mais uma segunda-feira para juntar aos milhares delas pelas quais já, penosamente, passámos.

Ninguém gosta de segundas, pobres dias discriminados descaradamente por 99.9% da população deste mundo mundial.

Na verdade, não faço ideia onde vou eu ter com estas divagações acerca do primeiro dia da semana. Hmmm, na verdade, a segunda feira é mesmo o segundo dia da semana e não o primeiro.
Porra, por que é que há ordem dias? Nós continuamos todos atarantados de qualquer modo, independentemente de sabermos ou não que hoje é o dia 30 de abril de 2007. Ter dias denominados, marcados em calendário para toda a eternidade parece-me alguma estratégia louca de opressão criada por um qualquer maniaco por organização mundial. Não vou pôr aqui o seu nome porque bem, isto não é o wikipedia e tambem porque me ensinaram que devemos procurar as coisas para não sermos uns preguiçosos de merda.

E pronto, acho que me fico por aqui deixando no ar uma lição de moral (que certamente ninguém vai receber como algo valioso.)


Nhe.

29.4.07

E pronto, mudámos.
Fazemos parte deste mundo caótico e enlouquecido e por isso somos sujeitas aos seus ciclos.

Mas não vou ser eu a fazer o discurso, mas sim a Sofia, ou não teria sido ela a iluminada que veio com este belíssimo título É arte, Lolita.

Ela é um génio com um QI de 300.

Veneremos a Sofia irmãos!

28.4.07



Eu sei que isto não é um flog mas, às vezes, as palavras são dispensáveis.

26.4.07

25.4.07

do Lat. Amores, s.m.,viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos; inclinação da alma e do coração; afeição; paixão; inclinação exclusiva; graça teologal.

Ágape é o amor total, o amor que devora quem o experimenta. Quem conhece e experimenta Ágape, vê que nada mais neste mundo tem importância, apenas amar.


<3

O segredo que partilhavam cresceu entre eles como um prado de flores silvestres na Primavera. Nikolai vinha vê-la todos os dias, como habitualmente, mas agora ficava durante mais tempo, conciliando as suas visitas com as suas obrigações no palácio. À noite, quando terminava os seus afazeres, voltava para perto dela e dormiam juntos. Dissera à esposa que agora precisava de ficar no palácio todas as noites por causa de Alexei. Marie parecia nem se importar com isso, portanto, não tinha quaisquer objecções a que ficasse fora toda a noite.

Danina estava maravilhada. Nikolai ensinara-lhe coisas que a uniram a elede alma e coração para sempre. Partilhavam tudo, as esperanças, os sonhos, os medos de infância. Apenas temiam perer-se um ao outro.

- Fica comigo. Não temos de fazer nada que não queiramos. Apenas te quero aqui comigo. - O lugar dele era ali e ambos o sabiam.

- Boa noite, meu amor - segredou-lhe antes de adormecer.


Mas, e se Nikolai a abandonasse?


in "Granny Dan", Danielle Steel.

24.4.07

É quando as palavras se tornam universais que o silêncio impera.

E agora, todos nós esperamos pelo silêncio.

23.4.07

"We're always working to improve your social experience."

-hi5.

Mais uma vez.

Tenho fome.
Mais uma vez, durmo.
E outra ainda, sento-me.

Mais uma vez, outra vez.

Tudo mais uma vez. Sempre. Todos os dias.
Todos os dias...
Dias.

8.4.07

Ás vezes pergunto-me se certas recordações são realmente minhas, se não serão mais do que lembranças alheias de que eu tivesse sido actor inconsciente e das quais só mais tarde vim a ter conhecimento por me terem sido narrados por pessoas que, por momentos, foram transeuntes na minha vida, meros “amigos de curta-duração”. Pedaços de uma existência ignorada que depois chocam com os minutos que fazem parte da minha vida.

Ás vezes pergunto-me se serei o único que sofre desta patologia não reconhecida pela comunidade médica, se serei o único adormecido, se serei a única vítima deste sonambulismo social.

“Possuir a nossa vida”, que conceito tão estranho. O que é a vida primeiramente? Se ela realmente é algo, será que a controlamos? Mas não, devo parar de pensar nisto, tenho de parar. Parar. Porque estarei eu a especular sobre algo tão distante e tão pouco concreto quando tenho coisas com que me preocupar mesmo aqui ao lado? Por exemplo a senhora que tosse intensamente, uma senhora de aspecto reles e sofrido, que tosse e tosse, cospe todos os seus pecados.

Será que também ela se sente como eu? Ou será que a sua vivência sofrida a encaminha para uma ignorância anestesiante? Quase que aposto que sim, que ela ignora isto. Por isso penso eu nisto, substituindo o seu lugar. Na verdade, todos nós fazemos parte de uma sociedade, quer queiramos, quer não e por isso temos as nossas funções, o nosso lugar neste mundo insípido. E eu não descuro tamanha posição e agora questiono-me: porque raio perdemos essas recordações? Isto é, se é que alguma vez as perdemos. Talvez seja tudo uma invenção, não sou a primeira a pensar nisto, muitos outros com a mesma função também o fizeram. Talvez estas recordações seja um meio para algo de maior, podem ser um método de tortura emocional ou de simples complementação fazendo com que tudo em nós mude, gerando sentimentos de culpa ou de orgulho, de ódio ou de amor que não desaparece.

Decido considerar as minhas recordações: são recordações que me partem o coração, que me inundam de saudade e que lenta e dolorosamente me sugam o espírito. Recordações que eu teimei em esquecer e que agora são trazidas de volta. Desejei tornar-me indiferente, mais um filho do meio de Deus, ansiei nada em busca de uma medíocre realização pessoal. Decidi esquecer as loucuras de outrora para me poder completar agora. Mas não, o passado não deixa, acorrentado ao meu pé, ele não me larga, arrasta-se, sinfonia mutiladora.

Não!

Pára!

E agora sim, o silêncio interior.

Junto-me à senhora, que continua a cuspir toda a sua vida por aquela boca infeccionada pelo tempo, e respiro a ignorância apaziguadora, rejubilo no vazio mental.